Política de biocombustíveis para 2023 afeta consumidor e meio ambiente;

Sem uma política definida, o País precisa importar mais diesel fóssil, o que encarece no bolso do consumidor e, consequentemente, afeta o meio ambiente.

Desde 2021, as notícias sobre as políticas adotadas para o biodiesel no Brasil são alarmantes. A redução da mistura de biodiesel no diesel é um retrocesso para o setor que tanto contribuiu com o crescimento do País nos últimos anos, por isso é de suma importância retomar as taxas anteriores da mistura obrigatória para assim evitar consequências negativas para toda a economia brasileira.

Com o início da invasão na Ucrânia, há seis meses, os preços nos mercados de energia e agricultura, que já estavam altos, aumentaram ainda mais. Por isso, a demanda por biocombustíveis deve desacelerar em 20% neste ano, ou seja, 2,2 bilhões de litros. A previsão para 2022 era de aumento de 11 bilhões de litros.

É temerário não termos uma política estabelecida para os biocombustíveis para o próximo ano, pois dessa maneira o mercado de biodiesel começa a andar para trás. Diante de um cenário incerto, a indústria não consegue se planejar.

Estima-se que o setor estava produzindo 500 milhões de litros de biodiesel a mais que a demanda em 2021. Essa sobra infelizmente atinge em cheio o setor, impactando na sobrevivência de empresas e acabando com mais de 100 mil postos de trabalho, além de diminuir a oferta de farelos no mercado interno e aumentar os preços de alimentos derivados de proteínas animais. Ou seja, toda a sociedade sai prejudicada com a manutenção das taxas abaixo das estabelecidas anteriormente.

O biodiesel é o combustível do futuro. Sem uma política definida, o País precisa importar mais diesel fóssil, o que encarece no bolso do consumidor e, consequentemente, afeta o meio ambiente.

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